Entre-abro os passos pela garganta engolfinhada da cidade, ela me permeneia e me encobre, tornando-me inseparável de sua matéria fundamental, e principalmente, irreconhecível. Não me distinguo, e apresento-me ao Nada de maneira insincera. Insensível não sinto a dor da lâmina perfurar o meu peito, a pólvora e o cabo me transparecem, entretanto, sem nenhuma limpidez. Eu me recosto e desapareço. Ressurgindo, no entanto, úmida e afogada 'num copo de cerveja, que política, me bebe muito bem. Espremendo-me com suas mãos fortes, calejadas, mas, no entanto, enuviadas por uma luva de concreto. Digesta, percorro sem a certeza de um corpo, e me ponho no alto dos arranha-céus, tal como corvo ininteligível por entre as sombras; Grito impropérios e palavras de ordem... Atirando logo em seguida.
Bruscamente me interrompo: Esta noite, (acima de tudo), serei nua e crua, como as entranhas do Rio de Janeiro.
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