sexta-feira, 19 de março de 2010

Un-Clockwork

E hoje, algo fora do convêncional...

"Um amor não tem dias contados" [Sem Título]
...................................- Aparentemente...

Um amor não tem dias contados
Ele conta seus dias e adia
o dia de seu derradeiro final
Sem nenhum apego ao homem;

Um amor não tem dias contados,
Ele firma seu corpo na madeira
Que se transforma em prata, e ouro,
e ar, de lábios e para lábios vãos;

Um amor não tem dias contados,
Nem anos, nem meses, nem segundos:
É livre, e por isso a escravidão
Que vem no cravar de sangue da aurora.

Um amor não tem dias contados,
Mas é feito de dedos e linhas
entrelaçadas numa só matéria,
Frígida essência da dualidade mista.

Um amor não tem dias contados
Entretanto, seus dias, contos
de silêncio e lágrima e som
São cantados por toda eternidade.

"Entre ingênuos passos, têm-se dúbios os olhos cristalinos, que se fecham, se enlaçam, e sonoramente se apagam sem nunca deixar de se reverberar e lenir entre o fogo quente e pálido".

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