sábado, 20 de junho de 2009

Psicografia - Criação Suspensa de si -











Psicografia

A hora das cinzas morreu.
O vulto da manhã desperta,
Sereno não me apavora:
Cantos são roncos suavíssimos;

Meu fogo manso deu-se acalantado
Como num soneto, fálico,
Dando luz aos olhos que
Fingem cantar ternura;
Amanhã eu transito no tempo
Intransponível.

Mas não cante o silêncio vão
Dos beijos jogados aos quilômetros
Que percorro com pés ausentes
De caminhos sangüíneos
- Vitória indestinada aos gregos.

Eu sou o Deus da distância
E o mártire do langor inacabado,
Bêbado em forma e sutileza
fêmea, cárcere em vigor.

Cante! Pois canto no agora
A presença mortal de minha aurora.

Um comentário:

  1. Eu que dei o nome pra esse poema. UHUL. \o/
    Parabéns pelo blog gatona, já add o link no meu.
    ^^

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