domingo, 19 de setembro de 2010

Prelúdio às Canções ao Einhleuchtend

Me desagrada o ceu dos superficiais!
Me desagrada, terno amigo,
este azul esvaziado e sem sentido,
em que os comuns deixam desejos,
e desgastam com preces
seus suspíros em forma de nuvem.
Desagrada, meu caro, essa tua forma de Avenida,
que atravessa sem passar por dentre
as casas, deixando de lado as correrias,
os risos, os lábios que se tocam
ao chão... E os ignora!
Como se em ti não houvesse a curiosidade,
latente sentimento, que toma à forma
de fagulha, o coração dos pobres homens
que enlouquecem, disfarçados,
o seu desejo de conhecer;
Esquecendo, é claro,
que é império da criação,
cuja a forma de argamassa a acinzenta
e dissimula, sem que tu,
ignóbil desamante, perceba!
E daonde vem estes teus olhos,
castanha escuridão que braveja
e rompe a obtusão do Azul?
E a interrompe com tempestades
para depois as deixarem-se despir!
....Em seu nulo, em seu nada,
....em seu convite ao ínfimo...

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