I
O poder não é Perpétuo,
Perpétuo é o medo da Morte
E a crueldade imutável do Desejo
Diante as profanas formas de Delírio
Entre os olhos diáfanos dos mortais.
A Vida está escrita no livro do Destino
Que percorre os labirintos da existência
Entre a alma dos homens e das eras
Com seus versos tortos e cegos,
Sonhando estilhaços desesperados
De espelhos sem reflexo ou pupila
Isento da consciência da Destruição
Que desvirtua e glorifica os homens;
Perpétuo é o Não-Saber.
II
“O Sonho é o mais próximo da Morte”
A Fome dilacera a vontade
E despedaça as convicções
Criadas em matérias intangíveis
'Inda que Reais...
A fraqueza dos homens dissolve
A dor que caminha no deleite
E leva à pequena morte – Vida -
Tomar uma parte pelo Todo
E Perpetuar o grande enigma
Dissolvendo castelos e guardiões;
Perpétuo são os enigmas da vida.
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