Travessia
"Eu sou um grande mistério para mim".
Tardio silêncio desmembrante,
Travessia tormentada à causto,
Solene véu enevoado e coberto
de sentidos sem significados.
Dama Obtsua desconhecida
Madrinha e mãe de heróis,
Guerras, bravuras, e sangue
Corredora do plasma de cada um;
Assumir fardos e grandezas
Atravessando linhas e limites
Provocando a morada construtora
Que uma madrugada torna manhã.
24-06-2009
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Poema feito durante minha última aula do curso sobre "A travessia épico-existencial em Mensagens, Fernando Pessoa" Dado pelo meu caríssimo professor Antônio Máximo. Este não é um peoma para ser entendido...
quinta-feira, 25 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
Psicografia - Criação Suspensa de si -

Psicografia
A hora das cinzas morreu.
O vulto da manhã desperta,
Sereno não me apavora:
Cantos são roncos suavíssimos;
Meu fogo manso deu-se acalantado
Como num soneto, fálico,
Dando luz aos olhos que
Fingem cantar ternura;
Amanhã eu transito no tempo
Intransponível.
Mas não cante o silêncio vão
Dos beijos jogados aos quilômetros
Que percorro com pés ausentes
De caminhos sangüíneos
- Vitória indestinada aos gregos.
Eu sou o Deus da distância
E o mártire do langor inacabado,
Bêbado em forma e sutileza
fêmea, cárcere em vigor.
Cante! Pois canto no agora
A presença mortal de minha aurora.
Sereno não me apavora:
Cantos são roncos suavíssimos;
Meu fogo manso deu-se acalantado
Como num soneto, fálico,
Dando luz aos olhos que
Fingem cantar ternura;
Amanhã eu transito no tempo
Intransponível.
Mas não cante o silêncio vão
Dos beijos jogados aos quilômetros
Que percorro com pés ausentes
De caminhos sangüíneos
- Vitória indestinada aos gregos.
Eu sou o Deus da distância
E o mártire do langor inacabado,
Bêbado em forma e sutileza
fêmea, cárcere em vigor.
Cante! Pois canto no agora
A presença mortal de minha aurora.
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